sexta-feira, 12 de novembro de 2010


 Experiência mostra estrago das pilhas no meio ambiente
Não é novidade para ninguém que as pilhas que fazem os aparelhos eletroeletrônicos funcionarem devem ser trocadas de tempos em tempos.
O problema está na hora de elimina-las. Por incrível que pareça, ainda há gente que joga as pilhas no lixo comum, sem se preocupar com os prejuízos que essa atitude pode causar ao meio ambiente.
As pilhas são compostas, em sua maioria, por metais pesados como zinco, chumbo, manganês e mercúrio, as pilhas não devem ser jogadas no lixo comum, já que seus elementos tóxicos contaminam o solo, o lençol freático e, no final das contas, o próprio homem.
Os danos à saúde podem aparecer na forma de problemas cardíacos e pulmonares, distúrbios digestivos, osteoporose, disfunção renal e depressão. Somado ao fato de que as pilhas demoram até 500 anos para serem absorvidas pelo ambiente, e que no Brasil, por ano, são descartadas 170 milhões de pilhas, o problema passa a ser grave.
Para tentar mudar o quadro atual de desinformação, algumas escolas de São Paulo passaram a desenvolver projetos junto a seus alunos de conscientização sobre os problemas que as pilhas e baterias podem causar ao meio ambiente se não tiverem uma destinação correta.
Na Escola Internacional de Alphaville, os alunos da 3ª série do Ensino Fundamental participam, desde agosto, de um projeto sobre o assunto. Para observarem todo o poder de destruição que este pequeno objeto pode ter quando em contato com o meio ambiente, eles fizeram um terrário, onde reproduziram as diversas camadas do solo e o lençol freático.
Ali plantaram alguns feijões e enterraram uma pilha. Diariamente, eles regam os pés de feijão e observam as transformações que estão ocorrendo. “A pilha já soltou uma substância amarelada que contaminou parte do solo e o lençol freático, deixando a água também amarela. Percebemos que o resíduo tóxico atingiu algumas raízes, agora vamos acompanhar qual o efeito da presença desta pilha nos pés de feijão”, explica a professora Sildemara Bernardo.
Em uma outra experiência, os alunos colocaram pilhas em um tubo com água, para então registrarem tudo o que acontece. “Uma das pilhas já está quase totalmente aberta, a casca de outra já se soltou e começa a enferrujar”, descreve Sildemara.
Ela relata que os alunos ficam perplexos diante das experiências, nenhum deles imaginava que uma simples pilha, jogada em um lixo comum, pudesse causar tantos danos. “Eu só sabia que a pilha tem componentes perigosos, mas pensava que não contaminava o meio ambiente”, conta Samuel Gonzáles, de 9 anos.

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